História de Crucilândia/MG
História de Crucilândia/MG
Publicado em 14/04/2009 09:00 - Atualizado em 30/03/2015 16:08
CRUCILÂNDIA – TERRA DE SANTA CRUZ
I – ASPECTOS HISTORICOS
Existem várias versões sobre a origem do município, cujo nome significa "Terra de Santa Cruz". A primeira é a de que, em 1674, a bandeira de Fernão Dias Paes Leme, transpôs a Serra da Mantiqueira e fundou Ibituruna, depois fundou Santana do Paraopeba, passando por Bonfim em direção ao Sumidouro.
Dessa bandeira, dois portugueses, procedentes de Alcobaça (Portugal), atraídos por pepitas de ouro, seguiram um ribeirão de águas límpidas, em cujas margens fixaram suas residências, e ali ergueram uma cruz; mais tarde, o lugar ganhou o nome de "Santa Cruz das Águas Claras". Em Santa Cruz das Águas Claras, nessa época , existiam só sete casas.
Outra versão, muito semelhante, afirma que a fundação do município se deve ao fato de dois integrantes de uma Bandeira vinda do Sul, em direção aos sertões de Goiás, no início do séc. XIX, atraídos pela beleza do lugar, do ribeirão de águas muito claras, e principalmente pelo ouro que se encontrava nesse ribeirão, se desligaram da mesma e fundaram um povoado às margens do dito ribeirão.
No arraial já sendo povoado pelos portugueses, nesta época encontraram ouro no Moro Superior, na localidade conhecida hoje como Lavras.
A primeira capela foi construída nos idos de 1860, pelo fazendeiro Manoel Caetano Pereira, que era construtor e primeiro morador da Fazenda Bela Vista, (situada a quinhentos metros da sede municipal), esta capela possuía um cemitério em seu adro, desta época se tem noticia de alguns moradores, muitos dos quais ainda hoje, têm descendentes por aqui, como por exemplo os então fazendeiros Ernesto Ferreira da Cunha, Antonio Luiz Figueiredo, Antonio Jorge de Oliveira, Teodoro Ferreira da Cunha, Manoel Caetano Pereira, Firmino Teodoro Pereira, o negociante de animas, Laurindo Luiz de Medeiros, além dos viajantes da mata ou tropeiros Quintiliano Jose da Cunha, João Antonio Moreira e Jose Inácio Ferreira. Além de fazendeiro, o Senhor Ernesto Ferreira da Cunha, era comerciante e capitão da Guarda Nacional.
II – ASPECTOS POLITICOS ADMINISTRATIVOS
1.1 EVOLUÇÃO ADMINISTRATIVA
O povoado de Gambá, origem da cidade de Crucilândia, foi elevado a Distrito de Paz em 30 de novembro de 1880 (Lei nº 2.665), com a denominação de Santa Cruz das Águas Claras, pertencente ao município de Bonfim. Ate a emancipação política, Crucilândia sempre pertenceu administrativamente ao município de Bonfim/MG. Desde a edição do decreto-lei nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, este município está subordinado à Comarca de Bonfim/MG.
A emancipação política do município de Crucilândia, deu-se aos 27 de dezembro de 1948, pela Lei Estadual Nº 336, de 27 de dezembro de 1948. Em 1º de janeiro de 1949, aconteceu oficialmente a emancipação político administrativa do distrito, com a instalação do município, que havia sido criado em 27 de dezembro de 1948. O nome já era Crucilândia desde 1943. O primeiro Prefeito foi um “Intendente” designado pelo Estado Sr. Moacir Flores. O Primeiro Prefeito eleito pelo povo foi o Sr. Ronam Gumercindo de Souza, e o Vice-Prefeito o Farmacêutico João Bartolozzi. O Primeiro Presidente da Câmara Municipal foi o Sr. Jove Gonçalves de Andrade, em 27 de março de 1947.
1.2 ANIVERSÁRIO DA CIDADE
O aniversário do município é comemorado em 27 de dezembro.
1.3 – ORIGEM TOPONÍMICA
Gambá – Conta-se que os dois portugueses fundadores do município, bebiam muito. E aí comentava-se aos outros lugarejos mais perto: aqueles homens bebem igual a um gambá. Ou então – Hoje vamos nos gambás ?
Nome primitivo: Gambá (denominação popular e pejorativa)
Campo das Flores- Há ainda controvérsia sobre o primeiro nome do povoado. Seu nome primitivo teria sido “Campo das Flores”, inicio do povoado (Século XIX).
Santa Cruz das Águas Claras– Com o passar dos tempos, o então pequeno povoado foi crescendo, tendo sido elevado a Distrito de Paz em 30 de novembro de 1880 (Lei nº 2.665), com a denominação de “Santa Cruz das Águas Claras”, pertencente ao Município de Bonfim.
Santa Cruz de Dom Silvério– Em homenagem a Dom Silvério, que mais tarde tornou-se Arcebispo de Mariana, o lugar recebeu seu primeiro nome oficial: “Santa Cruz de Dom Silvério”, no dia 27 de setembro de 1910 (Lei nº 543).
Dom Silvério– Por força da Lei Estadual nº 843, de 7 de setembro de 1923, passou o distrito a denominar-se simplesmente “Dom Silvério”.
Dom Silvério do Bonfim– Em 17 de dezembro de 1938, pelo Decreto-Lei nº 148, foi seu topônimo outra vez modificado para “Dom Silvério do Bonfim”. Essa mudança foi sugerida por uma comissão local, para se diferenciar o distrito de seu homônimo situado também em Minas Gerais.
Crucilândia– pelo Decreto-Lei nº 1.058, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Dom Silvério de Bonfim, passando a categoria de Vila, passou a chamar-ser “Crucilândia”, integrando o município de Bonfim.
Crucilândia – topônimo híbrido latino-alemão:
Cruci = cruz lândia = terra
Crucilândia = terra da Cruz, alusivo ao primeiro nome.
Outros nomes estiveram, juntamente com Crucilândia, expostos a escolha de uma comissão local. Entre eles “Campina Verde”, e “Entrocamento”. Foi escolhido Crucilândia, pelo motivo de antigamente ter tido o lugar o nome de “Santa Cruz”, e também porque a padroeira da cidade é a Santa Cruz.
Finalmente, a Lei Estadual nº 335, de 27 de setembro de 1948, elevou a Vila de Crucilândia à categoria de Sede Municipal (de distrito a município), ocorrendo a instalação no dia 1º de janeiro de 1949.
1.4 - PADROEIRA DA CIDADE
A padroeira da cidade é a Santa Cruz,comemorada e festejada no dia 03 de maio.
1.5 – ANIVERSÁRIO DA CIDADE
O aniversário do município é comemorado todo dia 27 de dezembro.
1.6 – PREFEITOS DE CRUCILÂNDIA
A primeira eleição em Crucilândia, aconteceu no ano de 1949, tendo sido eleito o Senhor Ronan Gumercindo de Souza, empossado em 27 de março de 1949.
1 – Localização do Município
1.1 - Região- Macrorregião I – denominada Metalúrgica
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte
Microrregião do Médio Centro Oeste
Região Administrativa Central
1.2 - Área: 167,58 Km2
|
1.3 – Altitude:
|
Máxima:
|
1214 m
|
|
Local:
|
Cab.Corrego Candiba, na trijunção de divisas municipais entre os municípios de Crucilândia, Itaguara e Piracema
|
|
mínima:
|
873 m
|
|
local:
|
Na confluência entre o Ribeirão da Areia e o Rio Manso, limite entre os municípios de Crucilândia e Rio Manso.
|
Ponto central da cidade: 908,06 m
|
|
1.4 – Posição Geográfica– configurada pelo paralelo de 20º23’35” de latitude sul em sua interseção com o meridiano de 44º20’13” de longitude oeste (Igreja Matriz).
1.5 - Municípios limítrofes:
Itaguara, Rio Manso, Bonfim, Piedade dos Gerais e Piracema.
1.6 - Distância de Crucilândia a alguns dos principais centros urbanos brasileiros:
Belo Horizonte – 97 Km
Brasília – 845 Km
Rio de Janeiro – 540 Km
São Paulo – 510 Km
Vitória – 633 Km
1.7 – Distância de Crucilândia a alguns municípios vizinhos:
Itaguara – 22 Km
Rio Manso – 26 Km
Bonfim – 16 Km
Piedade dos Gerais – 24 km
Piracema – 28 km
1.8 – Principais rodovias que servem de acesso a Belo Horizonte:
MG-040
BR-381
1.9 – Distância de Crucilândia aos aeroportos mais próximos:
Pampulha – 104 Km
Confins – Tancredo Neves – 153 Km
1.10 – Distância de Crucilândia aos portos marítimos:
Angra dos Reis (RJ) – 572 Km
Rio de Janeiro (RJ) – 492 Km
Santos (SP) – 632 Km
Tubarão (ES) – 572 Km
2.0 – Características Climatológicas
2.1 – Tipo– Cwa – Tropical de altitude, com estiagem no inverno, pela classificação de KOPPEN.
2.2 - Temperatura:
|
Média anual:
|
21,8º C
|
|
Média máxima anual:
|
28,7º C
|
|
Média mínima anual:
|
15,8º C
|
|
Média do mês mais quente
|
23,2º C – (Fevereiro)
|
|
Média do mês mais frio
|
18,2º C – (Julho)
|
2.3 - Índice médio pluviométrico anual: 1272 mm
2.4 – Meses mais chuvosos: Outubro a Março com concentração de 85,93% do total anual.
2.5 – Meses menos chuvosos:Abril a Setembro – com 14,07% da precipitação total anual.
2 – TOPOGRAFIA
2.1 – Relevo– predominam topografias onduladas, com colinas côncovas convexas, vertentes ravimadas. Os vales são encaixados e resultantes da dissecação fluvial em clima unido, atuando quase sempre em rochas granitognaissícas.
2.2 – Tipos de solos;
a) latossolo vermelho escuro + podzólico vermelho amarelho, ambos distróficos, de moderada textura argilosa fase floresta subprenifólia relevo ondulado.
b) Podzólico vermelho amarelo + cambissolo + solos litólicos todos distródicos, de moderada textura argilosa fase cerrdo / floresta subperenifólia relevo forte ondulado./
c) Solos aluviais eutroficos à moderado textura indiscriminada fase floresta perenifólia de várzea + solos hidromorficos indiscriminados fase campos de várzea ambos com relevo planos.
3 – HIDROGRAFIA
A rede de drenagem é bastante densa, fazendo parte da sub-bacia do Rio Paraopeba que pertence à bacia do Rio São Francisco. O Rio Manso, que nasce ao sul o município e abastece o Sistema Serra Azul da COPASA
curso d´água mais importante, é o Ribeirão das Águas Claras, nasce ao sul do município, e banha toda a sede. Sua nascente fica na divisa com Piracema e sua foz na margem esquerda do Rio Paraopeba, nas imediações de Brumadinho.
Crucilândia, não possui um rio caudaloso, mas possui muitas cachoeiras: “Bibocas, Machados, cachoeira dos amorins, do Zé Ventena, etc.
4 – VEGETAÇÃO
A floresta tropical que outrora recobria grande parte do município, foi amplamente substituída de pastagens e cultura agrícolas, dela restando algumas manchas, principalmente coroando as elevações e encostas mais íngremes.
Completam o quadro botâmico, manchas de cerrado e, ao longo dos cursos d´água, matas, galerias e ciliares.
IV – ASPECTOS TURÍSTICOS, FOLCLORICOS E FESTAS RELIGIOSAS
1.0 - Cachoeiras de Destaque:
Cachoeira dos Machados– popularmente chamada de “cachoeira do Devico” – É a que possui maior destaque no município, sendo uma das maiores atrações turísticas do lugar. Fica a 4Km da cidade, na região denominada Almeidas, de propriedade do “Sr. Pantaleão”.
Cachoeira do Zé Ventena– ou do Pe. Ângelo – a maior e mais bela do município, situada a 9Km da cidade, no Ribeirão da Cachoeira, povoado que tem o mesmo nome.
Cachoeira das Bibocas– corredeiras do Rio Manso, com grande incidência de formações rochosas no lei do rio em grande extensão, formando um sumidouro. Fica na região denominada entre “Maias” e “Campestre de Baixo”, a 4Km de distância da sede.
Cachoeira da Usina Antiga– no campestre a 5Km, da sede, antiga Hidrelétrica da cidade.
No município encontra-se varias cascatas, em lugares muitas vezes de difícil acesso, mas que são deslumbrantes.
2.0 – Festas
21. - Comemora—se as seguintes Festas Religiosas com maior destaque:
03/05– Dia da santa cruz – padroeira da cidade;
16/10– Dia da Festa de São Geraldo;
2.2 - Período Móvel
Final de Julho / Início de Agosto - Festa do Peão Boiadeiro e Carro de Bois– Tornou-se festa tradicional, que atrai grande número de pessoas, e no domingo, excepcional Desfile de Carros de Bois, que já contou com a participação de mais de 200 (duzentos) carros.
Cavalgadas
Festas Juninas
Enduro da cachaça
2.0 – Aspectos Folclóricos
Folia de Reis– contamos com vários grupos, que compõe o Encontro de Folias de Reis que normalmente se realiza nos meses de Janeiro e Outubro.
por PMC